A Seca e as Cercas


Publicado há 13 anos

Clebson Souza de Almeida UGM CAV- Turmalina-MG No coração do sertanejo a cerquidão se faz cultura Na dura expressão da dor, aguda e farpada Como mourões, nas mentes nativas plantada E quando o R permeia a seca, Muda e emudece metade do começo O cansaço seca os lábios E a indignação alaga o olhar, O suor salgado que engasga Nos impede de gritar E a vida não se conforma a viver de tão estranha forma. O mundo direito se espalha e se ampara Na proporção que o esquerdo se encurrala. Ao passo que aumenta os pastos Inaugura-se a segregação dos laços Trilhas marcadas por flores murchas Mas... A vida não se conforma a viver de tão estranha forma A proposta está lançada, caminhemos e lutemos depressa Como contraponto a essa unidade perversa Pra que mesmo na sequidão dos olhos, d’água se aflore esperanças Ainda que semi-áridas De que jamais sobre o Sertão, lagrimas salguem o sabor de ser criança E ao brilho do sol, no germinar da semente Juntos vão cantar a canção que embala o sorriso dessa gente Lutemos e Caminhemos Como guerreiros, de honra e coração Guerreiros são terra, de foice e facão Lutemos e caminhemos Antes que a vida se faça ilusão.

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