ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS DISCUTE A 5ª SEMANA SOCIAL BRASILEIRA


Publicado há 11 anos, 10 meses

Arquidiocese de Montes Claros

As pastorais sociais da Arquidiocese de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, irão realizar um seminário sobre a 5ª Semana Social Brasileira (SSB). O seminário acontece no dia 26 de maio, em Montes Claros, com o objetivo de refletir sobre a temática da Semana - “Estado para que e para quem?”, e planejar o processo de preparação na Arquidiocese. O evento contará com a assessoria do Pe. Ari Antonio dos Reis, responsável pela Comissão Episcopal da Caridade, Justiça e Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

As pastorais sociais se reuniram na última segunda-feira, dia 14, para discutir a realização do seminário. A reunião teve a participação de agentes da Sociedade São Vicente de Paulo, da Fundação Fé e Alegria do Brasil, Pastoral da Comunicação, Pastoral do Menor, Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral Carcerária, Pastoral da Criança, Cáritas Arquidiocesana de Montes Claros, Escola de Formação em Fé e Política e Associação de Apoio, Proteção e Amparo à Criança (AAPAC).

Durante a reunião, a atual coordenadora das Pastorais Sociais, Marilene Alves de Souza, mais conhecida como Leninha, conduziu uma mística que relembrou as outras quatro Semanas Sociais Brasileiras.

Semanas Sociais Brasileiras

Sob o tema “Mundo do Trabalho: desafios e perspectivas”, a 1ª SSB aconteceu em 1991, período do governo presidencial de Fernando Collor de Melo (1989-1992), que não caçou marajás, mas confiscou a poupança de milhões de brasileiros. O neoliberalismo nascia para roubar a cena e desorganizar os sindicatos do país. Começava a flexibilização das leis trabalhistas, tão duramente conquistadas no governo de Getúlio Dornelles Vargas (1930-1945 e 1950-1954), o verdadeiro estadista que o Brasil já teve. Coordenador arquidiocesano da Pastoral Carcerária, Dílson Antônio Marques recordou que essa Semana era também comemorativa dos 100 anos da encíclica Rerum Novarum (1891), do papa Leão XIII, e que denunciava as condições dos operários do século XIX.

Com o tema “Brasil: alternativas e protagonistas”, a 2ª SSB se desenvolveu em 1994. Aqui surgia a ideia de Assembleias Populares (APs), lembrou a assistente social, Sônia Gomes de Oliveira. O contexto político nacional era a novidade do Plano Real no governo de Itamar Franco (1992-1994). Novos partidos políticos nasciam, e as Organizações Não-Governamentais (ONGs) também. Mas, a 2ª SSB queria incentivar que os leigos e as leigas assumissem real e verdadeiramente o seu papel no mundo, vestissem a camisa pelo ideal cristão, fez memória Dílson Antônio Marques.

Com o Brasil a um passo de quebrar economicamente sob o primeiro governo de outro Fernando, o sociólogo Henrique Cardoso (1995-1998), o abuso para levar o Plano Real adiante é mascarado. Compra-se o direito à reeleição de políticos de carreira e mata-se um dos princípios da democracia: a rotatividade no poder. Vergonhosamente, o Brasil perde por 3 a 0 a Copa do Mundo para a França. Essa era uma realidade da 3ª Semana Social Brasileira (SSB) com o enfoque no tema “Resgate das Dívidas Sociais - Justiça e Solidariedade na construção de uma sociedade democrática”. Dura três anos.

Já a 4ª SSB foi realizada de 2004 a 2006 e destacou o “Mutirão por um Novo Brasil”. Multiplicou-se em quase 270 semanas sociais em todo o país. “O acúmulo da reflexão e a estratégia da articulação das forças sociais contribuiu para que mais de 40 entidades sociais se unissem na construção de um Projeto para o Brasil. Este projeto teve a colaboração de centenas de assembleias populares realizadas em todas as regiões do Brasil e hoje é referência na defesa e universalização dos direitos sociais”, de acordo com o site da 5ª SSB.

Fonte: http://www.caritasmg.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=328:arquidiocese-de-montes-claros-discute-a-5o-semana-social-brasileira&catid=58:materias&Itemid=117

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