MUTIRÃO DA AGROECOLOGIA


Publicado há 9 anos, 7 meses


Por Diêgo Alves e Giovana Prates comunicadores populares da ASA/Cáritas de Araçuaí

Com espirito de voluntariado 20 agentes Cáritas se reuniram no dia 15 de Setembro para trabalhar juntos em um dia Agroecológico no Banco de Sementes do Caldeirão, município de Itinga- MG, onde o senhor Valteir Soares Antunes, agricultor familiar e guardião agroecológico dedica parte do seu tempo na coleta, catalogação e cuidados com mais de 120 tipos de sementes  nativas ou crioulas  como são conhecidas.
Segundo José Nelson , coordenador do programa P1+2 - MDS, o objetivo do dia Agroecológico (que também acontecerá em um outro momento) era despertar nos agentes Cáritas,  de maneira  livre, o gesto concreto de colocar em prática as ideologias e as teorias defendidas e difundidas pela instituição Cáritas.

Como de costume em todas as atividades da Cáritas o mutirão teve início com uma mística coordenada pelo seu Valteir que agradeceu a presença de todos e todas naquele espaço. Foram formados 03 grupos de trabalho, cada um ficou responsável para desenvolver um tema dentro do território do banco de sementes e da propriedade da família do seu Valteir.
O primeiro grupo ficou responsável por organizar a casa de sementes, colocar as coisas em ordem, arrumar o que era necessário, e tirar o desnecessário, para melhorar o espaço visual dentro do banco de sementes, facilitando assim o acesso e o trânsito de visitantes dentro do espaço. Foi pintada uma parede com tinta de terra, numa outra, foi feita uma arte com terra e carvão e envernizados os bancos de madeiras para conservação dos mesmos.
Para Flávia Luiz, gerente administrativo-financeiro do programa P1+2 - MDS a experiência foi muito positiva, “saímos da rotina, conhecemos uma realidade do campo e com o trabalho em equipe contribuímos para uma melhor estrutura da casa de sementes.”
O segundo grupo ficou responsável por cuidar do fundo de quintal cercaram canteiro econômico com tela de arame e cobriram com tela sombrite.
Conversaram com a família sobre o lixo que  não poderia ser queimado muito próximo da casa porque  prejudicaria a saúde da família, foi sugerido que abrissem  um buraco mais distante e queimar o lixo quando necessário o mais longe possível da casa.
 Foi feito a proposta de plantar árvores para fazer sombra e de plantas para aumentar a fertilidade do solo, como: Ninho, Leocena, feijão de porco, feijão guandu, dentre outras.  Já o terceiro grupo da área reservada ao cultivo da lavoura onde foi utilizada  a técnica da curva de nível que é uma forma correta de aproveitar a infiltração de água no solo e conter erosão. Outras orientações técnicas de plantio e cuidados com o quintal produtivo foram repassadas ao agricultor e a sua família no sentido de otimizar o conhecimento que ela tem.
Num mundo em que o consumismo exacerbado reforça o viver individual, iniciativas como essa da Cáritas garantem uma reflexão coletiva de como podemos fazer e ser a diferença na nossa relação com o outro, com o meio ambiente e com o espaço de trabalho. E tudo isso numa perspectiva agroecológica.


“ As rodas de conversa que a Cáritas está fazendo junto com a Campanha mundial da fome nos chama para essas ações, abraçar uma experiência e ter atitudes naquilo que nos é desafiado era o nosso objetivo," finaliza José Nelson.


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