Mas a comemoração se inicia muito antes da data oficial. No dia 13 de junho aconteceu a lavagem da escadaria da igreja seguida da novena. Já no dia 18 houve o show Causos e Violas, apresentado pelo poeta, contador de causos e cordelista Tadeu Martins, com a participação de vários violeiros mineiros. Nos dias que se seguiram aconteceram lançamentos de livros, CDs de vários artistas e escritores, como Gonzaga Medeiros, Claudio Bento, livros do escritor Carlos Mota e um livro em homenagem às quitandeiras e doceiras, além de apresentação de palestras e painéis sobre a história da cidade.

Na quinta-feira, dia 23, houve uma bonita iniciativa pela preservação ambiental durante a tão esperada busca de Nossa Senhora no Rio Fanado, onde várias sementes fornecidas pela Associação de Proteção Ambiental de Minas Novas (ARPA) foram plantadas na beira do rio.

No dia 24, foi festejado o tradicional Cortejo Real, com a saída da imagem de Nossa Senhora do Rosário da histórica igreja de São Gonçalo, contando a história do folclore da Festa do Rosário dos Negros em Minas Novas, onde participaram as comunidades quilombolas da Barra e São Gonçalo e o povo negro de Minas Novas. O último dia foi fechado com a procissão e a coroação de Nossa Senhora.

Durante todo esse período, as noites e as tardes contaram com apresentações de grandes nomes da música mineira e minasnovense, como Rubinho do Vale, Arlindo Maciel e Pedro Morais, além de apresentações de diversos grupos folclóricos e do Coral Veredas do Vale de Minas Novas.

Segundo o Juiz Maior da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas, José Pinheiro, conhecido como Zé de Tristão, “a nossa proposta consiste em resgatar a cultura da festa através da participação dos grupos religiosos, dos grupos folclóricos, da cultura negra, dos forrós, da valorização da culinária própria da festa do rosário e, é claro, o enfoque nas danças e cantos predominantes da festa do rosário como: magangá, dança dos nove, o tocar dos tambores, os forrós, shows populares e os ritos religiosos e etc”.