RECIFE PROMOVE ENCONTRO NACIONAL DE COMUNICADORES POPULARES DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


Publicado há 10 anos, 6 meses



Kelly Cristina de Aquino – Comunicadora da ASA Minas/CAA/NM - Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, Montes Claros/MG


“A comunicação da ASA atua em Rede” está frase foi lema do Encontro Nacional de Comunicadores/as populares da Articulação Semiárido Brasileiro – ASA, realizado no período de 16 a 18 de setembro, em Recife/PE. Participaram 75 comunicadores dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhã, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O encontro teve como objetivo a construção de uma compreensão sobre a comunicação como estratégia política de intervenção da ASA, para convivência com o Semiárido.
“O encontro teve um papel importante de aprofundar o debate sobre a comunicação como direito humano e refletir sobre a relação desse tema como a nossa prática diária. A ideia também é que cada estado possa continuar debatendo essa questão localmente, envolvendo outros atores, de maneira que a comunicação da ASA se fortaleça cada vez mais”, explica a coordenadora de comunicação da Asacom, Fernanda cruz.
O evento iniciou de forma criativa e alegre com a divisão por estados para darem as boas vindas a todos. Para a comunicadora popular de Correntina/BA, Vanderléia Barbosa, o encontro é fundamental para reforça a comunicação no semiárido. ”A participação no Encontro Nacional de Comunicadores da ASA é um momento relevante para a troca de experiências, aprendizagens, compromissos e entusiasmo. Identifico como um reforço para continuar atuando, lutando e fazendo parte de uma rede que, a cada dia, vem se consolidando no semiárido que resiste e insiste em um novo jeito de convivência”, analisa. 
No segundo momento, foi montado um quadro com a trajetória da Asa referente às lutas que envolve acontecimentos do Brasil, no período de 1980 a 2013, onde os comunicadores apresentaram referenciais comuns na rede de comunicadores da ASA, com acontecimentos políticos, sociais, econômicos e culturais.
Foram convidadas a jornalista e integrante do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, Ana Veloso e a integrante do Movimento Sem Terra – MST, Solange Engelmann, que enriqueceram o Encontro ministrando o debate para aprofundar o olhar sobre comunicação como direito humano. 
“É necessário romper com a desinformação, avaliar o processo de comunicação de forma coletiva para isso a atuação do comunicador popular é fundamental”, analisa aintegrante do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, Ana Veloso. 

Vivência no semiárido
O encontrou lançou o olhar sobre as práticas de comunicação desenvolvidas pelos comunicadores, nos estados, responsáveis por contar histórias do semiárido. A partir desta realidade a jornalista e mestre em comunicação, Viviane Brochardt, teve o interesse em desenvolver um estudo de mestrado, abril/2013, sobre a experiência das famílias agricultoras do estado da Bahia e do Norte de Minas.
“Acho que fazer comunicação popular só tem sentido se for a partir da vivência do agricultor. Foi uma experiência única”, explica Viviane Brochardt.   

Minas Gerais
Uma prática do encontro referente ao planejamento estratégico da comunicação os estados se dividiram e identificaram as “Sombras, Luzes e compromissos” que fazem parte da comunicação de cada região. Entre os itens mapeados Minas/Gerais, citou como luzes: a Escola de Comunicadores Populares, Sombra: Formação política para a comunicação e compromisso envolvimento nos debates da democratização dos meios de comunicação rural.
“Foi muito produtivo e enriquecedor. Poder observar a linha do tempo, os debates e a participação de todos. Foi uma forma bem dinâmica de discutir a importância da   comunicação como um direito”, pontua a comunicadora Cáritas Diocesana de Araçuai/ASA Giovana Prates

Exposição fotográfica
Com o tema “Um olhar de bem-querer sobre o semiárido”, durante o encontro nacional foi realizado a exposição fotográfica de 28 telas, no saguão do Hotel Jangadeiro. A exposição só foi possível a partir de um trabalho coletivo da ASA que busca demonstra a partir das imagens um novo olhar sobre o semiárido: biomas, caatinga, cerrado e diversidade de pessoas que habitam o Nordeste e o Norte de Minas Gerais. A expectativa é que a exposição circule pelos estados do Semiárido.





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