Grupo de Mulheres de Cachoeirinha - Norte de Minas Exemplo de luta e força feminina

Após receber a cisterna da segunda água para plantio, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), as mulheres de Cachoeirinha, comunidade do município de Manga/MG, viram a oportunidade de utilizar a produção de frutas para fazer polpa e gerar renda.


Após receber a cisterna da segunda água para plantio, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), as mulheres de Cachoeirinha, comunidade do município de Manga/MG, viram a oportunidade de utilizar a produção de frutas para fazer polpa e gerar renda.


Publicado há 5 anos, 10 meses

Após receber a cisterna da segunda água para plantio, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), as mulheres de Cachoeirinha, comunidade do município de Manga/MG, viram a oportunidade de utilizar a produção de frutas para fazer polpa e gerar renda. A ideia acabou envolvendo toda comunidade, incentivando a produção das famílias, garantindo a comercialização desses alimentos e melhorando a vida das agricultoras através da geração de renda e do desenvolvimento da economia familiar.

Maria do Patrocínio, líder do grupo de mulheres, conta que a cooperativa já possui espaço próprio e os equipamentos básicos para a produção de polpas em grande escala. “Desde o ano passado (,) estamos trabalhando na sede. Com o apoio de toda comunidade, da EMATER e da Prefeitura Municipal de Manga, buscamos recursos através de festas, leilões, bingos e de um projeto com recurso do Fundo Nacional de Solidariedade da Cáritas, para fazer a estrutura padrão da casa e comprar os equipamentos. Ainda falta terminar algumas coisas, como os banheiros, a fossa, mas já é uma grande vitória o que conseguimos com apenas dois anos de trabalho”.

Ainda segundo Maria, o próximo passo a ser alcançado pelo grupo de seis mulheres, é o Selo de Inspeção Municipal (SIM). As inspeções já estão sendo feitas na casa de polpas e o selo tornará mais fácil a comercialização das polpas, “já temos uma marca, que é a “Agricultoras Familiares do Vale do Calindó”, nome dado por causa do rio Calindó, que passa dentro da comunidade, e possuímos etiquetas com todos os dados exigidos, com isso, já coseguimos vender para algumas escolas, através do cartão de produtoras rurais individual, que possibilita a venda para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PENAE), e estamos aguardando o SIM, para conseguir expandir e vender muito mais.”

Mesmo com tantas conquistas, as mulheres da cooperativa ainda sofrem com muitos desafios. O principal deles é a distância até a casa de polpa, como afirma Dona Gení, membro da cooperativa desde o início, “saímos de casa bem cedo, antes de o sol aparecer, com lâmpadas na mão, e vamos andando e encontrando uma com a outra na estrada. Temos muito medo porque não sabemos o que vamos encontrar na estrada, mas seguimos lutando, pois vale a luta”.

As polpas feitas pelas mulheres são produzidas com as frutas colhidas por elas em seus quintais produtivos e de outros produtores da comunidade, além de frutas nativas do Cerrado e da Caatinga.  Feitas a partir de frutas, como acerola, manga, tamarindo, umbu e maracujá do mato, produzidas de forma natural e sem agrotóxicos.

 

 

 


Postado por: Nivea
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