ASA INVESTE EM MÃO DE OBRA LOCAL PARA CONSTRUÇÃO DE CISTERNAS


Publicado há 10 anos, 9 meses

Por Giovana Prates - comunicadora popular ASA/Cáritas Diocesana de Araçuaí


A Cáritas Diocesana de Araçuaí capacitou entre os dias 27/05 a 05/06 22 pedreiros para executar as tecnologias do P1+2 (Programa uma terra e Duas Águas) da ASA (Articulação no Semiárido), rede da qual a Cáritas é membro junto a outras mil e trezentas organizações. O curso aconteceu na comunidade Barbosa, município de Virgem da lapa, com duração de 10 dias e o principal objetivo para a ASA é preparar e formar homens e mulheres para construções de tecnologias para a convivência com o semiárido.
 Serão construídos nos municípios de Virgem da Lapa, Araçuaí, Itinga e Coronel Murta, cisterna calçadão, barragem subterrânea, barreiro de trincheira, barraginhas, tanque de pedra e cisterna enxurrada.

“Essas tecnologias servem para captação de água da chuva para produção de alimentos, é uma forma de a família armazenar e garantir uma produção para o ano todo, o programa P1+2 e P1MC é de mobilização e formação cidadã, ou seja, nosso papel e compromisso com a comunidade é de construção coletiva, inclusive das tecnologias, assim entra a dinâmica, a metodologia de capacitação de agentes comunitários que são a formação de pedreiros (a). Essa capacitação qualifica pessoas para atender e executar as ações dentro da lógica do tempo que os projetos necessitam ou esperam”,afirma Zé Nelson, coordenador do projeto.  


O Seu Natalino da comunidade Barbosa que já exerce a profissão de pedreiro há mais de 20 anos relata para a gente a importância de participar do curso:
“É muito bom participar porque mesmo que você sabe uma coisa, nunca a gente sabe tudo e participando do curso a gente tem uma instrução melhor, tem coisas que a gente trabalha mais que sempre pode ser melhorada, e pra mim é ótimo poder passar o que eu sei pros outros e aprender coisas novas com eles também”.

A família é uma parceira para execução do curso, dona Maria e o Sr Jose são os que acolhem os participantes e a equipe técnica em sua casa, eles dizem que é um divertimento pra eles poder receber todo mundo, e quando acabar o curso irão sentir falta. “Pra mim é até um incentivo, ver esse trabalho todo sendo feito, porque sei que quando minha cisterna tiver pronta e cheia vou lembrar-me de todos os processos, da construção que foi feita por eles até a plantação que irá ser feita por mim, é muito gratificante poder ajudar de alguma forma, faço com maior prazer”, relata Dona Maria, que cuida do preparo da alimentação dos pedreiros. A participação da família é muito importante nesse processo, pois ela faz acontecer, depende dela o sucesso e resucesso das construções.


Para o José Mauricio que participa pela primeira vez do curso, ele vê com uma oportunidade de crescimento. “para mim é muito importante, pois nunca vi fazendo as caixas e poder aprender todos os processos só irão ajudar na minha formação e no meu aperfeiçoamento”.

Esse trabalho é um trabalho coletivo, do mesmo jeito que a gente ensina, a gente aprende finaliza Sr Joaquim que é o instrutor do curso.

A ASA acredita que a cisternas devem ser construídas por pedreiros da região, pois assim o dinheiro investido fica no desenvolvimento econômico das famílias e do comercio local, diferente da política de grandes obras como a transposição do São Francisco que concentra os recursos em grandes empresários.

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