Minas Gerais dá passos para ser referência em Segurança Alimentar

Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia, Agricultura Familiar e Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável  é lançada em Minas Gerais e surge com o desejo de apoiar e fortalecer a luta das entidades, movimentos e coletivos da sociedade civil que atuam nessas áreas.


Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia, Agricultura Familiar e Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável é lançada em Minas Gerais e surge com o desejo de apoiar e fortalecer a luta das entidades, movimentos e coletivos da sociedade civil que atuam nessas áreas.


Publicado há 5 anos

Um dos principais debates ambientais no Brasil está sendo o uso de agrotóxicos e transgênicos. Ao total, já são mais de 325 agrotóxicos liberados este ano pelo atual governo, consolidando ainda mais o Brasil como maior consumidor mundial desse tipo de produto.

Neste momento de ameaças à segurança alimentar e às políticas de desenvolvimento sustentável, foi lançada na última segunda (16), durante uma reunião da Comissão de Participação Popular, o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia, Agricultura Familiar, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional de Minas Gerais.

A Frente composta por movimentos populares e sindicais do campo, agricultores e agricultoras, pesquisadores, organizações não governamentais, ambientalistas, lideranças partidárias e parlamentares, tem a proposta de debater os retrocessos sobre a agroecologia e segurança alimentar, através da produção livre de transgênicos e agrotóxico.

A professora, Irene Cardoso da universidade de Viçosa explicou que a agroecologia não é apenas um conjunto de técnicas no manejo produtivo. “A agricultura não é somente uma técnica, na agricultura há ideias, valores, crenças e conhecimento, que inclusive, é a nossa cosmovisão, que é à nossa maneira de ver o mundo. Agroecologia é a nossa relação com a natureza mediada pela cultura”.

A coordenadora geral da Federação das trabalhadoras e dos trabalhadores da agricultura familiar de Minas Gerais (Fetaemg), Lucimar de Lurdes Gonçalves Martins, pontuou que muitas pessoas usam o termo remédio relacionado ao agrotóxico. “Se não fizermos essa luta de tirar o povo das sementes transgênicas e do veneno, nós não estamos de fato representando a classe trabalhadora e trabalhador do campo”, disse. Lucimar ainda ressaltou. “Nós precisamos incentivar o povo sair dos químicos e sair das sementes transgênicas é só assim que nós vamos ter uma alimentação saudável e soberania alimentar”.

O Vereador Sávio José, de Viçosa, destacou que a agroecologia valoriza a cultura popular, protagoniza a juventude, denuncia e combate o machismo, o racismo e ela está presente em todos os campos da vida. “É importante levar a agroecologia, temos que esticar essa bandeira e mostrar que ela sim é a representante do trabalhador e trabalhadora brasileira, por mais que a TV passe que o agro que é pop, sendo que a gente sabe que não é pop, a agroecologia é saúde é vida”, afirma Sávio.

A expectativa para da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia, Agricultura Familiar e Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável é de apoiar e fortalecer a luta das entidades, movimentos e coletivos da sociedade civil que atuam nessas áreas.

Leninha Alves (PT-MG), deputada estadual, destacou que a Frente Parlamentar criada não vai ficar no esquecimento: “Nós acreditamos que essa grande quantidade de deputados que apoiaram a criação dessa Frente é um sinal de que nós vamos avançar nessas políticas aqui no estado”, disse. “Vamos fazer de Minas Gerais um estado de referência para a produção orgânica, para o fortalecimento da agroecologia e da agricultura familiar da soberania e segurança alimentar que são muito importantes para todos nós”, completou.

Fotos: Luciano Ribeiro


Postado por: Comunicação ASA Minas
Editado por: Comunicação ASA Minas

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