Mulheres do semiárido mineiro participam da 3° Ação Internacional


Publicado há 14 anos

“As mulheres do semiárido mineiro irão marchar para colocar as nossas discussões em pauta, a questão da água, da terra e da própria vida das mulheres no semiárido”, acredita Viviane Ribeiro, do GT Gênero da ASA Minas. Ela e outras 25 mulheres fazem parte da delegação que sai do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas para participar da 3° Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que acontece dos dias 08 a 18 de março, de Campinas a São Paulo.

Viviane, que mora em Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, afirma que a caminhada é longa e as mulheres que irão estão transpondo grandes barreiras, na vida familiar, no trabalho e muitas outras. Ela conta que as mulheres do Vale do Jequitinhonha levam para a marcha “a história de um Vale feito por guerreiras, mulheres corajosas. Um Vale esquecido pelo poder público, mas que continua sua história, pelas mãos, pelos braços e pela coragem das pessoas que nele moram”.
Para Valquíria Lima, do GT Nacional de Gênero da ASA, as mulheres do semiárido vão para a Ação 2010 com muita disposição, vontade de reforçar a luta e a organização. Ela afirma que “as mulheres do semiárido mineiro também estão na busca pela organização, na luta pelos seus direitos e pelo reconhecimento do seu papel no processo de desenvolvimento do semiárido”.

Celma Pereira Santos tem 18 anos e mora na Comunidade Cabeceirinha, que fica a cerca de 130 quilômetros da sede do município de Januária. Ela acredita que a mulher tem vez e voz e por isso irá marchar na Ação. “Espero que eu aproveite bastante e traga coisas novas para minha comunidade”, conta.

Ao todo, cerca de 25 mulheres participarão da 3° Ação Internacional pela Articulação no Semiárido de Minas Gerais. “Acreditamos que o 08 de março é um momento de fazer mobilização e luta. Nesta Ação, temas muito próximos da vida das mulheres do semiárido serão levantados, como a soberania alimentar, a questão do impacto do agronegócio, a questão da violência e outros”, afirma Valquíria.

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