As organizações sociais do semiárido mineiro estão se preparando com ânimo e força para a celebração das lutas das mulheres. Para isso, diversas iniciativas estão sendo planejadas e realizadas nesse mês de março.
Uma das ações que promete parar as ruas do município de Taiobeiras, na microrregião do Alto Rio Pardo, é a III Marcha de Mulheres do Norte de Minas que planeja colocar mais de 2.000 mulheres de cerca de 33 municípios nas ruas taiobeirenses marchando por justiça, liberdade e igualdade. A marcha acontecerá no próximo dia 17 e é realizado pela Associação do Coletivo de Mulheres do Norte de Minas.
Já em Montes Claros, considerada a capital norte-mineira, a Arquidiocese junto com as Pastorais sociais e demais organizações sociais e entidades populares, estão organizando a Semana da Mulher que culminará na II Marcha das Mulheres de Montes Claros. Durante as celebrações da semana que iniciou no último dia 05, é previsto blitz educativas nas ruas da cidade, místicas, panfletagem, entrega da carta para o legislativo sobre a situação das mulheres no município, palestras, debates e demais atividades que vão até o dia 10, onde as atividades serão encerradas com a grande marcha pelas ruas do município.
No Vale do Jequitinhonha, além de outras ações de organizações populares na região, o Programa Vozes da Terra, realizado pela Cáritas Diocesana do Baixo Jequitinhonha na Rádio Santa Cruz FM, vai fazer um programa especial sobre a luta das mulheres. O programa vai ao ar na próxima sexta-feira, 09, a partir das 11:30 horas.
Além dessas ações no interior, no Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 08 de março, diversas mulheres do semiárido mineiro (regiões do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha) se juntarão as outras das demais regiões do estado para fortalecer o Ato Público que acontecerá na capital mineira, Belo Horizonte. A concentração acontecerá na Praça da Estação a partir das 15:00 horas. O ação está sendo construída pelos movimentos feministas, sindicais, sociais, estudantis e outras organizações de todo o estado de Minas Gerais. Segundo a organização do Ato, os movimentos feministas e as organizações sociais pretendem realizar uma forte crítica ao capitalismo, que utiliza a opressão da mulher para explorar e obter mais lucros. Além disso, as manifestantes irão exigir dos governos municipal, estadual e federal políticas efetivas para extinguir com a violência sexista e melhorar as condições de vida da mulher trabalhadora e sua família.
Texto: Helen Borborema - Comunicadora ASA Minas/STR Porteirinha
Foto: Bi Antunes