O povo do Semiárido resiste e a gente conta a história


Publicado há 11 anos, 9 meses


ASA realiza primeira das três oficinas de sistematização das experiências que serão visitadas nos intercâmbios do VIII EnconASA em Minas Gerais

Por Priscila Souza – comunicadora Popular ASA

Conhecer mais sobre a região que sediará o VIII EnconASA e aprofundar a reflexão sobre as experiências de convivência com o Semiárido foi um dos objetivos da Oficina de Sistematização realizada de 3 a 5 deste mês, no município de Januária, norte de Minas Gerais.

A oficina temática também foi um momento de capacitação  do grupo que irá sistematizar e preparar as famílias para receber os visitantes durante o VIII Encontro Nacional da Articulação no Semi-árido (VIII EnconASA), que acontecerá de 19 a 23 de novembro, em Januária.

O evento contou com a participação de 20 pessoas - agentes da ASA Minas Gerais e de outros estados de Semiárido – e foi ministrado por Adriana Galvão e Luciano Marçal da AS-PTA Paraíba.

Nesta oficina, se construiu uma reflexão coletiva sobre o papel da sistematização no processo de organização das ideias, de construção de uma leitura da realidade, de registro da memória junto aos agricultores e agricultoras e povos tradicionais, auxiliando-os na ampliação da consciência sobre a sua própria historia e a do povo do sertão, uma trajetória de luta e resistência para conviver com o Semiárido.

Ao todo, durante o VIII EnconASA, serão realizadas 22 vistas de campo ligadas aos dez temas que serão trabalhados neste encontro. Nesta primeira oficina de sistematização, foram sistematizadas quatro experiências - uma da comunidade de Tejuco sobre formas de financiamento, crédito e fundos solidários, outra na comunidade de Paud’oleo sobre assistência técnica e extensão rural, uma na comunidade de Sambaíba sobre acesso a mercado e, por fim, a experiência dos usuários do rio dos Cochos com a revitalização do rio.

Anna Crystina Alvarenga, colaboradora do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais (CAA NMG), veio para a oficina para contribuir com as sistematizações para o VIII EnconASA e nos dá o depoimento.

“Vim imaginando que o pessoal da AS-PTA que ministrou o curso teria métodos de sistematização, mas não imaginei que eles eram tão ricos. Antes achava que o boletim,  jornal, site eram papeis apenas de jornalistas mas agora acredito que o papel do comunicador é o de valorizar, resgatar e divulgar as experiências do povo e isso é um papel de todos, tanto dos jornalistas e comunicadores, quanto dos técnicos de campo, coordenadores e do próprio povo.”

As oficinas de sistematização de experiência são a forma encontrada pela ASA para que o trabalho aconteça em mutirão, envolvendo não só quem trabalha diretamente na área de comunicação, como também os técnicos que acompanham as famílias. Ainda serão realizadas mais duas oficinas, uma em agosto e outra em setembro, para que no final de outubro e inicio de novembro possamos ter todas as sistematizações impressas no boletim O Candeeiro.

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