Marcela Veiga
Comunicadora Popular ASA - UGT Cáritas Dioc. Araçuaí
Em outubro (dias 21 e 22), o Encontro do Grupo de Trabalho de Mulheres do Vale do Jequitinhonha construiu o processo histórico da humanidade para uma melhor contextualização da presença da mulher na sociedade. O sociólogo José Carlos Pereira fez uma palestra sobre o assunto no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araçuaí, que sediou o encontro. O GT é formado por 20 agricultoras e mulheres que fazem parte do movimento social.
As participantes viram de maneira positiva a participação do José Carlos e também partilharam as dificuldades encontradas no seu cotidiano.
O sociólogo observou o choque de algumas participantes em ver um homem estando à frente desse debate. Ele afirma que gênero é algo comum que deve ser dialogado entre os dois sexos. “Há uma forte movimentação para naturalizar a divisão sexual do trabalho, dizendo que Deus que fez assim”, conta o sociólogo.
“Assustei-me com a presença do Carlos, mas como ele soube passar a mensagem, hoje me sinto fortalecida para discutir com as mulheres da minha comunidade sobre gênero”, afirma Rosa Maria, diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Minas Novas.
A diferença de idade entre as participantes foi outro fator que contribui para o diálogo sobre a realidade encontrada em cada geração. Todas as mulheres que estavam no encontro acreditam numa diminuição da diferenciação entre gêneros nos próximos anos.
O sociólogo abordou vários fatores como homoafetividade, classe social, etnia, feminismo, cultura e outros. Para a agente da Cáritas Diocesana de Araçuaí, Cléa Amorin, as pessoas que impõem o marxismo tornam-se mais frágeis do que as mulheres e homoafetivos.
O próximo passo do GT é promover um diálogo sobre gênero entre homens e mulheres do Vale do Jequitinhonha, tendo o sociólogo José Carlos como palestrante. Para Cléa Amorim, esse encontro vai ser um processo de construção para todos causando confrontos entre participantes de forma positiva e construtiva.
