Semiárido mineiro é participação atenta e propositiva no I Encontro Nacional de Acesso a Terra do semiárido.


Publicado há 13 anos, 4 meses


Por Priscila Souza de Carvalho.

Comunicadora Popular ASA/ Cáritas Regional MG.

Nos dias 10, 11 e 12 de Agosto na cidade de Teresina no Piauí ocorreu o I Encontro Nacional do Semiárido brasileiro organizado pela Articulação do Semi- Árido Brasileiro (ASA).

Tendo como objetivo avançar nas propostas de convivência com o semiárido superando a cultura de “combate a seca” que estabelece grandes obras expulsando povos tradicionais de seu território e concentrando terra e água na mão de poucos, a ASA vem debater a democratização da terra e da água como forma de gerar cidadania e desenvolvimento sustentável no semiárido.

O Encontro estabelece um debate central que é a diversidade do semiárido ambiental e cultural. Caatinga, cerrado e mata atlântica, indígenas, geraizeiros, vazanteiros, quilombolas, camponeses, ribeirinhos. São diversas formas de viver e de produzir alimentos, criar animais, de tratar doenças, de dançar e falar e que precisa de uma projeto de reconheça e preserve esta diversidade.

Outro ponto ressaltado no debate foi o ponto de unidade dos povos do semiárido mineiro, morar no semiárido e lutar para continuar vivendo. Povos que lutam pelo reconhecimento, pela respeito a sua cultura e território tradicional, povos que lutam pelas terras e seus recursos naturais como a água tão estimada no semiárido.

Foi neste sentido que participaram do Encontro dois agricultores do semiárido mineiros, Jorge do movimento dos trabalhadores sem terra (MST) morador do Vale do Jequitinhonha município membro da comissão municipal da ASA minas de Felisburgo, também participou o agricultor Arcílio Elias do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Rio Pardo de Minas que foram para contribuir com o debate a partir de suas experiências. Participou ainda Carlos do Centro de Agricultura Alternativa(CAA) que compõe a ASA.

Juntos Jorge, Carlos e Arcílio transmitem a mensagem do que pensar em levar para minas: unidade e organização da luta, ajudar no trabalho de conhecer as formas de vida dos povos do semiárido para construir um projeto de reforma agrária condizente com a organização cultural de produzir e viver na terra além da necessidade de um modelo de produção que preserve o meio ambiente, conforme diz Arcílio que também lute pelo nosso “amigo natural”. Propõe que o debate deve partir do reconhecimento de onde estão os conflitos de terra e água e quais as comunidades passam por elas, este levantamento se daria através das comissões municipais envolvendo as “asinhas” o diagnóstico seria levado aos encontros para construir coletivamente o projeto de luta pela terra e água.

As sugestões e idéias de Minas Gerais sobre “O que Fazer” pode ser conferida nos vídeos do blog http://asaminas.blogspot.com.

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