TRADIÇÃO E GERAÇÃO DE RENDA NA FABRICAÇÃO DE FARINHA


Publicado há 10 anos, 9 meses



Por Paula Alves
Comunicadora Popular Cáritas Diocesana de Januária

A produção de farinha nas comunidades da região do semi-árido já é uma prática antiga, as casas de farinha são construídas normalmente para o uso coletivo dos agricultores familiares por meio das associações ou com a ajuda e doação de todos. No norte de Minas Gerais não é difícil encontrar locais onde ainda se mantêm essa tradição.

Tendo como objetivo fortalecer esse costume e trazer novas técnicas de produção para os agricultores e agricultoras que o Serviço Nacional de Aprendizagem – SENAR, um dos parceiros do Projeto Peruaçu, realizou entre os dias 08 e 12 de julho o Curso de Produção de Farinha na Comunidade do Araçá no Peruaçu.O curso auxiliou os participantes na preparação adequada do produto segundo as regras de higienização garantindo a boa qualidade e tornando-a fonte ainda maior de renda para as famílias.

Dona Nair Martins Nunes da comunidade de Várzea Grande diz que gostou muito de aprender a fazer a farinha mista (obtida na mistura, antes da prensagem, da massa da mandioca ralada com massa de mandioca fermentada), “antes eu não sabia essa questão de tirar toda a goma, ela fica muito gostosa e tem essa questão da limpeza que foi uma sabedoria boa. Às vezes a gente fica do jeito tradicional e nem sempre é o mais correto, e desse jeito a gente pode vender melhor a farinha.”


A última atividade do curso foi aprender a embalar, etiquetar e colocar preço na farinha produzida. Ficou acertado que 50% do que foi produzido durante o curso ficaria com o produtor da mandioca e o restante com os participantes. Essa atividade contou com a participação de 12 pequenos agricultores e agricultoras e é mais uma das ações do Projeto Peruaçu executado pela Cáritas Diocesana de Januária em parceria com o Programa Água Brasil.

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