VII Festival de Convivência com o Semiárido reúne mais de 400 pessoas no Norte de Minas


Publicado há 13 anos, 1 mês

“No semiárido tem de tudo o que não tem a gente inventa”

Tatiane Mendes da Rocha
Cáritas Regional Minas Gerais


A Cáritas Diocesana de Januária, com o apoio da Cáritas Regional Minas Gerais, promoveu o VII Festival de Convivência com o Semiárido, na Comunidade de Raizama, município de Bonito de Minas. O evento aconteceu no dia 08 outubro, contando com representantes de organizações, agricultores e agricultoras de diversos municípios da região, como Montes Claros, Chapada Gaúcha, São Francisco, Pintópolis, Bonito de Minas, Miravânia, Manga, Pedras de Maria da Cruz, Varzelândia, Ibiracatu, Januária, Cônego Marinho, Itacarambi, Japonvar, São João das Missões e Matias Cardoso. Além da participação de estudantes de outros países como Finlândia e Angola.


O VII Festival de Convivência com o Semiárido já é um evento tradicional na região. Ele tem contribuído para a divulgação dos produtos da agricultura familiar e das tecnologias de convivência com o semiárido. Além de ser um espaço para troca de experiências, resgatando e fortalecendo a cultura regional e promovendo a capacitação dos agricultores, estudantes e técnicos da área.


O objetivo do evento é incentivar o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e a preservação ambiental no semiárido norte mineiro. Durante o Festival, os participantes puderam participar de oficinas de agroecologia; extrativismo; acesso a crédito pela agricultura familiar com foco no PAA e PNAE; educação ambiental; educação do campo; convivência com o semiárido; água para produção de alimentos e consumo humano. O Festival também garantiu a exposição dos produtos da agricultura familiar, uma vez que os participantes puderam desfrutar das comidas típicas apresentadas.


Para Valmir Lopes, agente da Cáritas, este é um momento de festa dos agricultores e agricultoras. “Como o próprio nome diz, é um momento de comemoração, divulgação, defesa da cultura camponesa e, principalmente, de demonstração da importância da agricultura familiar”, contribui ele. Valmir afirma que é muito gratificante para a Cáritas a realização do VII Festival, porque “em todos os trabalhos apresentados pelos agricultores se têm o reflexo do nosso trabalho na região e isto é o que nos fortalece”.


Um momento marcante do evento foi à divulgação da cultura popular tradicional. Com a participação de diversos artistas da terra, foram apresentadas: música de raiz, com Sr. Vicente e Recanto da Viola; repentistas e contadores de causos, com Seu Bauzinho, da comunidade de Traçadal; Orquestra Sons do Sertão, com o Grupo de Jovens da Chapada Gaúcha; reis do menino Jesus, com o Grupo de Mulheres Semeando para Crescer, da comunidade de Tejuco; dança do lundu, da Comunidade de Lagoa Larga; folia de reis e samba, da Comunidade de Várzea da Manga; dança de São Gonçalo, da Comunidade de Barreiras e São José I; reis de Nossa Senhora Aparecida, da Comunidade de Raizama; reis do bom Jesus, de Manfredo Magalhães, da Comunidade de Raizama.


O VII Festival de Convivência com o Semiárido teve encerramento com a apresentação do artista da música brasileira de raiz, o cantor e violeiro Téo Azevedo, que resgatou a moda de viola, repente, causos e lundu, mostrando a todos que a preservação da cultura faz a diferença na vida do ser humano. Jerre Sales, agente da Cáritas Diocesana de Januária e organizador do evento desde seu surgimento, acrescenta que o Festival vai aperfeiçoando mais a cada ano que passa. “É a celebração dos resultados e conquistas dos agricultores e agricultoras nas comunidades de atuação da Cáritas”, conclui.


O Festival teve a parceria de organizações que tem como foco principal o meio ambiente, dentre elas: EMATER, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Prefeitura Municipal de Bonito de Minas, IEF, WWF, IBAMA e UFMG, através dos grupos de pesquisa GEFEN e PPJ.

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