Um estudo sobre violência e morte de mulheres no Brasil foi divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Os dados encontrados pela pesquisa são assustadores. No período 2009-2011, ocorreram 16.994 homicídios, "Em média ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia”, diz o estudo.
Só no estado de Minas Gerais, ocorreram 1.939 feminicídios (homicídios de mulheres em decorrência de conflitos de gênero). A média é de 6,46, a cada 100 mil mulheres; taxa superior à média brasileira de 5,82 assassinatos a cada 100 mil mulheres. Espirito Santo é o estado com o maior número de homicídios no Brasil, com taxa de 11,24 a cada 100 mil mulheres. Os menores números são encontrados no Piauí com 2,71 e em Santa Catarina com a taxa 3,28 óbitos por 100 mil mulheres.
O estudo também avaliou as consequências da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres. Concluiu-se que ela não foi muito eficiente no combate ao feminicídio. Entre os anos de 2001-2006, antes da vigência da lei, a taxa de feminícidios, era de 5,28 a cada 100 mil. No ano de 2007, quando a lei foi implementada houve um pequeno declínio, alcançando a marca de 4,74. Mas os números logo voltaram a crescer nos anos seguintes, e a taxa media de óbitos entre 2007-2011 ficou entre 5,22.